DROGA: Conversão das consciências
Publié le 29-01-2014
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19h30. André, um rapaz de 21 anos, chega à portaria do Arsenal. Evidentemente está com a cabeça em outro planeta. Crack, anfetaminas, álcool, não sabemos o que o está alucinando; não dá para saber. Os olhos estão fora das órbitas. Veste somente uma camiseta, uma bermuda e um tênis. Nada consegue contê-lo; grita algo contra os nossos monitores, insulta, blasfema. Logo o show é organizado: quem está na rua vem ver o espetáculo de graça, das janelas dos prédios vizinhos, com certeza alguém pensa: “outra confusão”; também a Guarda Municipal procura acalmá-lo, à sua maneira; por pouco não batem nele. Um dos dois guardas entende que não é o garoto que está agindo, mas é a droga que assumiu. Nada pode ser feito. É preciso aguardar que o efeito acabe.
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Todos nós temos este problema: as drogas. Para resolver o problema da droga existem somente três possibilidades: a primeira, convencer os nossos jovens, desde crianças, de que é possível dizer não à droga, mesmo que isso exija um esforço danado. É possível dizer: “Droga? Não, obrigado!”. Somente eliminando a demanda pelo mercado das drogas acabaremos com as bocas de fumo das nossas cidades.
A segunda, esperar que cientistas – jovens cientistas – possam encontrar a maneira de eliminar os efeitos da euforia e da dependência de qualquer substância alucinógena – lendo um pouco aqui e um pouco ali, sabemos que algo está sendo tentado, sobretudo para tirar o efeito danoso do álcool. Se isso se tornasse realidade poderíamos vacinar os nossos filhos contra os efeitos das drogas e as drogas não teriam mais razão para existir.
A terceira, a mais poderosa, é a conversão de uma sociedade. A droga está em cada esquina do mundo conhecido! Chega aos nossos filhos, aos nossos netos, aos nossos amigos mais íntimos e a nós, porque existe uma grande rede de colaboradores do mal, que por pouco ou por muito dinheiro aceitam alimentar a morte e, sobretudo, as grandes organizações criminosas do planeta. Aqui se põe um problema à nossa consciência, porque todos nós podemos nos encaixar em cada uma dessas etapas: procura da droga, grande distribuição, aceitação do menor dano, indiferença pelas minhas ações que podem prejudicar os outros, olhos fechados. São muitos aqueles que se podem perceber com um pouquinho de responsabilidade nessa história: deixamos a cada um o próprio exame de consciência.
Enfim, temos que convencer quem está envolvido a encontrar a coragem para sair da engrenagem do mal, a encontrar a maneira de sair das fábricas da morte; temos que nos juntar, porque em muitos é mais fácil denunciar. Temos que nos converter à luz, mesmo que isso coloque em risco a nossa vida.
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A conversão de todos os colaboradores do mal vai resultar na eliminação das drogas como desejo e demanda comercial, vai ser a derrota de quem não se importa com nada e com ninguém. Que o Arsenal possa deixar no coração daqueles que de qualquer maneira o conhecem que somente a bondade e a vida que se alastram podem mudar as coisas e não o protesto que destrói e não dialoga. Gostaríamos que cada um pudesse retomar nas mãos a própria consciência e se tornar luz para os outros. SOMENTE A BONDADE DESARMA.
Lorenzo Nacheli
Fraternidade da Esperança