Ernesto Olivero - Carta aos amigos - out. 2011

Publié le 05-10-2011

de ARSENAL DA ESPERANÇA


No dia de São Francisco de Assis, 04 de outubro, recebemos a Carta que Ernesto Olivero escreveu em preparação ao encontro que teremos, em 2012, com o Santo Padre Bento XVI, em Roma. Ainda não há data estabelecida, mas esta carta já explica o sentido deste encontro tão especial... 

Gostaria de ter a força para falar ao coração de cada um de vocês, ao coração de todos os amigos, para além de suas idades, mas especialmente aos jovens que não se deixaram levar pelo pessimismo e esperam um mundo realmente melhor, realmente mais justo.
No próximo ano, o Santo Padre Bento XVI nos receberá. Queremos levar a ele o nosso sonho mais profundo, uma boa notícia: “é possível mudar o mundo com os jovens”.
Queridos amigos, queridos jovens, aprendi a vos querer bem um por um. O “te quero bem, os quero bem” já está vinculado à minha maneira de pensar e de viver e cada vez que os ouço ou penso em vocês brota do meu coração este sentimento. “Te quero bem, os quero bem” para mim nunca é um habito ou uma forma de falar, é síntese do meu pensamento: Deus me ama, ama cada um de nós, ama cada homem e mulher seja onde for, desde sempre para sempre e esse Seu amor me preenche de uma  alegria profunda.
A alegria torna-se surpresa porque Deus Pai não quer nos submeter, mas nos amar obstinadamente. Jesus nos ama a cada um, nos estima, conta conosco, nos assegura. Jesus disse: “Vocês podem fazer as coisas que eu faço aliás, o meu amor por você é tão verdadeiro e desmedido que você jovem pode fazer coisas maiores do que eu fiz e eu ficarei feliz, não ficarei com ciúmes, mas orgulhoso de você.”
Por trás do meu “te quero bem” há o desejo de aproximar-me mais deste Deus que através de Seu filho Jesus aposta nos jovens e confia novamente toda a criação, toda a humanidade, ao seu sim.
Deus é feliz quando os jovens superam a medida do amor. Nós estamos habituados a pensar que somente os grandes que conhecemos – madre Teresa, Dom Luciano... – fizeram coisas grandes, mas Deus sabe – e eu sou uma modesta testemunha – que jovens desconhecidos disseram um SIM que superou a medida do seu próprio medo, das suas próprias fraquezas e permaneceu fiel.
Jovens dos quais conheço o rosto, a história, a vida, jovens normais que desejaram um SIM para sempre, pleno de amor, para ser vivido 24h por dia
Creio que cada um possa sentir esse amor se entra no silêncio, se coloca face a face com Deus amor. Cada um pode viver esse momento em uma igreja, em seu automóvel, quando viaja em um ônibus, em um avião ou a pé, quando caminha entre os homens, se fizer tornar esse seu encontro uma “cela” de silêncio onde eu e Deus nos olhamos, nos contemplamos, nos perdemos um nos olhos do outro.
Sinto que Deus nos diz: “Eu, Deus, me perco em seu olhar, me perco no SIM de um jovem, de uma jovem que se rende em mim, que não tem medo de nada porque encontrou em mim o seu tudo.”
Como não se apaixonar por um Deus que se deixa olhar face a face, um Deus de quem podemos não ter medo? Um Deus que só de olhá-lo, nos assegura incansavelmente: “Não tema, não tema, não tema... Eu estou com você!”
A maior paixão de Deus somos nós. Ele nos deixou livres e nem sempre a liberdade deu frutos, mas a Sua paciência não se esgotou, a Sua paciência ainda é e sempre será esperança e sempre será porta aberta. CONTINUA >>>

Queridos amigos, estas palavras são para preparar-nos para o encontro com o Santo Padre. Cantaremos para Ele, levaremos algumas de nossas histórias, mas levaremos antes de tudo a nossa certeza de que o mundo pode ser mudado e, sobretudo, falarão as nossas atitudes, a decisão de dizer não à droga, ao álcool, a todo tipo de dependência, pois esse modo de viver nos afasta do amor de Deus e do próximo.
Ao Papa diremos que seja qual for a nossa profissão na vida: operários, políticos, economistas, jornalistas, padres, pais ou mães, testemunharemos, com o exemplo e com a oração, o encontro com Jesus e a fidelidade aos seus ensinamentos. E lhe diremos que em cada escolha faremos o impossível para combater o egoísmo, a avidez e o ódio que estão levando a civilização ao declínio. Nos empenharemos em falar de Deus com uma vida intensa de caridade continua e serena, como uma gota que transborda de um vaso cheio de solidariedade e de partilha com quem sofre com a fome, com a injustiça e com as tragédias da guerra.
O mundo passado nos deixou um desafio aparentemente impossível de ser superado: fome, guerras, doenças, violências com as crianças... Nós queremos enfrentar esses desafios frente a frente, com coragem, com a paixão pelos homens, com Deus no coração, com Deus nas nossas atitudes, com Deus que vigia os nossos lábios e o nosso SIM.
Queremos fazer com que o Papa passe um tempo onde o silêncio seja mais forte do que as palavras e onde as palavras não estarão em contraste com o silêncio.
Com o nosso compromisso agradeceremos também ao nosso Bispo de Turim, Pai e amigo Cesare Nosiglia que pediu pessoalmente ao Santo Padre para que nos recebesse.
O encontro de 2012 não será apenas um grande evento, um simples dia para ser lembrado, mas o inicio e a continuação de uma nova vida construída sobre a convicção de que o mundo pode ser mudado, para melhor.
Ernesto Olivero

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